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Didática e Educação de Surdos
O pensamento pós-moderno enfatiza aos surdos aspectos de outra visão como políticas de representação cultural, língua de sinais, história cultural, identidade, posições de poder e toda uma gama de artefatos culturais que se sobressaem entre os alunos nas escolas que adotam a Didática cultural.
É ainda Corazza (1997, p. 113) quem fala que nesta concepção a “linguagem é produtora de significados sobre as coisas”. A aprendizagem do surdo a partir da Didática cultural surda só pode ganhar com tais concepções. Daí, porque a Didática se utilizando da língua de sinais evoluiu politicamente com tanta propriedade que hoje temos o curso Letras/Libras como um dos mais avançados componentes políticos da Didática dos surdos. E daí, então fora de órbita aqueles que dizem que a Didática de surdos leva a guetos. Observando bem, nós, os surdos lutaram muito pela língua de sinais e toda nossa Didática desprendida levou muitos ouvintes a se beneficiarem da diferença que esta língua lhes traz.
A Didática surda não é nenhuma ideologia que leve a algo emancipatório, não é um gueto. Ela tende a uma virada cultural, ao abandono da anormalidade e a construção de identidades e subjetividades surdas.