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Didática e Educação de Surdos
         
 
Unidade 3 - Com vistas a uma Didática Surda

Os surdos como sobreviventes após os palcos da educação moderna em que a Didática se serve com métodos orais ou de treinamento do som, no sentido de recuperar a audição e a fala, e ainda serve-se de meios que nos tratam como anormais, já pode ser coisa do passado. Ou nos palcos atuais da teoria critica onde podemos usar a língua de sinais, mas tem que saber português a fim de não ficar com aquilo que nos torna uma diversidade, ou seja, na afirmação desta teoria; “a língua de sinais é inferior”, também pode deixar de existir.
A existência de uma Didática dos surdos é bastante evidente como a teoria cultural permite entender. Ao apossar-nos dessa teoria notamos que nada há de inferior no fato de o aluno ser surdo e que a Didática de ensino pode muito bem assumir a partir do jeito surdo de acessar o conhecimento, um jeito de ser e de aprender, na diferença. Isto porque a teoria cultural que desenvolvemos afasta as obrigações de normalizar como na escola da modernidade e a denominação de diversidade e subalternidade da escola critica. Está claro que não encoraja nenhum professor que entenda de cultura surda a reproduzir a Didática daquelas teorias. Contudo é preciso ter cuidado, elas existem bem vivas por aí. Veja, ainda existe uma programação Didática que se baseia em utilizar mecanismos de aproveitamento de restos auditivos, de reabilitação oral, de sons, de vibradores, de articulações que às vezes levam a perdas de conteúdos do currículo. Também existe uma programação didática que inferioriza a língua de sinais e que prioriza as aprendizagens como se fosse tudo o ouvinte que sabe.