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Tradução e Interpretação de LIBRAS II
3.1 Posturas e decisões no ato interpretativo

Interpretar nas salas de aula é apenas uma das inúmeras possibilidades de atuação. Inicio essa discussão pensando o contexto escolar, pois tradicionalmente é nele que se inscreve e se legitima, em certa medida, a atuação dos intérpretes de Libras. Além disso, considero o ato interpretativo neste cenário o mais complexo de todos, senão o mais desafiador. Alguns de vocês possivelmente já vivenciaram essa experiência e devem ter inúmeros casos para relatar.

Conforme apontado por vários autores (Quadros, 2004; Kelman, 2005; Guarinello et alli, 2008), uma alternativa tem sido se pensar a formação de intérpretes para a docência. Quadros (2004: 63), por exemplo, menciona que isto já é pensado pelo MEC com o objetivo de fazer essa formação com profissionais que já sabem língua de sinais ou mesmo de intérpretes que possam a vir atuar como professores, através de formação específica, culminando em uma espécie de “dupla-função” para o profissional. A meu ver, mesmo sem formação e legitimação social desta carreira, essa demanda já está posta na prática. Por isso torna-se urgente discutir os papéis do intérprete educacional.