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Linguistica Aplicada L8






3.1 Resumindo

Aqui neste ponto acreditamos já ser possível delinear algumas questões que possam interessar diretamente a você, como aluno e futuro professor. É certo que o conhecimento de teorias é importante, e as teorias podem lhe fornecer bases mais científicas para a sua formação. Mas é preciso levar em conta que a Lingüística Aplicada, da forma como a concebemos, tem procurado articular-se no sentido de não ser considerada uma ciência prescritiva, isto é, uma ciência que articule e/ou pregue maneiras corretas de se ensinar e aprender uma língua. Sendo assim, você deve estar se perguntando: “como, então, vou saber o que é certo ou errado fazer em sala de aula, durante o ensino de LIBRAS?” Não temos resposta a esta questão, tão complexa e tão ampla. Em primeiro lugar, porque certo e errado são variáveis, assim como são os diversos sujeitos e contextos educacionais. Em segundo, porque uma teoria não pode simplesmente prescrever. Os estudos e as teorias em LA que não levam em conta a diversidade e a impossibilidade de se controlar as ações e a linguagem dos sujeitos envolvidos no processo de ensino/aprendizagem dão a ilusão de que, se bem aplicada, a metodologia seria a solução para os problemas da sala de aula de língua. Para concluir a temática desta unidade, afirmamos ser necessário conhecer os fundamentos teóricos, mas também observar se esses fundamentos consideram a questão do sujeito (aluno e professor) como ser social, com sua história, sua diversidade, e suas subjetividades. Acreditamos que a leitura do texto “Linguagem e Interação”, de Maria Marta Furlanetto – proposto como atividade de leitura complementar – ilumine sobre as questões levantadas até o momento. Da mesma forma, a unidade 4, que discute o “O papel do professor de língua, dará continuidade à temática abordada aqui, isto é, discorrerá sobre a relação entre teoria e prática (aula de língua) no âmbito da Lingüística Aplicada.