KEGL (1987) apresenta outra proposta. Segundo suas análises, o número dos pronomes nas línguas de sinais é finito e extremamente limitado. A autora apresenta três tipos de pronomes: forma completa, classificador e nulo. A forma mais básica é a realização completa do pronome que consiste do uso do corpo. Isso pode se dar de duas formas: o uso do corpo do sinalizante ou a projeção de um corpo invisível análogo no espaço em frente ao sinalizante. O uso do corpo do sinalizante pode representar a primeira, a segunda ou a terceira pessoas pronominais. A forma projetada no espaço pode, usualmente, representar a segunda e terceira pessoas.
Veja exemplos disto na história : “A Onça e a Cabra” Os pronomes completos projetados são realizados como um conjunto de pontos no espaço sem realidade visível, mas eles não podem ser confundidos com anáforas nulas. O uso de anáforas nulas na língua de sinais é muito comum, porque o referente está claro no contexto. Os pronomes que podem ser apagados limitam-se a sujeitos e objetos sentenciais. Observe novamente a história “A onça e a cabra” e encontrará exemplos. Como já vimos em Libras III, os classificadores podem ser utilizados para referência textual ou pessoal. KEGL analisa o uso de classificadores como possíveis formas pronominais. Para melhor compreensão reveja a história: “A onça e a cabra”. MEIER (1990) propõe uma distinção entre pronome de primeira pessoa e pronome de não-primeira pessoa na ASL. O autor sugere que, ao invés da diferenciação entre as categorias de segunda e terceira pessoas, parece existir uma distinção entre as primeiras pessoas do singular e plural e as demais.