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Libras V






6. Sobre dicionários de língua de sinais

Agora que já verificamos como os dicionários podem ser organizados de forma geral, vamos verificar como são organizados os dicionários de língua de sinais.

ESTELITA (2006) observou diferentes formas de se organizar um dicionário de língua de sinais e um aspecto relevante nessa questão é a forma como representar os sinais em papel. As possibilidades encontradas são várias, como desenhos, fotos, descrição dos sinais, outras formas de notação escrita ou uma combinação de duas ou mais destas formas.

No Brasil, os dicionários impressos de LIBRAS costumam representar os sinais por diversos meios, como a combinação de desenho e descrição, a utilização da ordem alfabética da tradução dos sinais para o português, a organização temática de sinais, ou seja, agrupando grupos de sinais por idéias afins, o uso de fotografia, além da utilização de exemplos de frases em LIBRAS.

Em CAPOVILLA E RAPHAEL (2001), por exemplo, são utilizados vários recursos para representar os sinais. A ordem adotada é a alfabética do português, mas outros recursos foram utilizados, como a fotografia, a descrição, a escrita em Sign Writing, a definição do sinal em português e inglês e desenho ilustrativo.

Já os dicionários digitais optam por outra classificação mais relacionada com a língua de sinais. Os dicionários disponíveis na internet costumam organizar os sinais por configuração de mão e, dentro de cada configuração de mão, utilizam a ordem alfabética do português.

Além disso, representam os sinais por filmagem, com descrição e definição dos mesmos em português e trazendo também informações gramaticais e exemplos. Esses dicionários também oferecem a opção de busca pela ordem alfabética do português.