Como vimos antes, Fischer (1975) analisou exemplos com sujeito e objeto reversíveis em ASL como agramaticais quando não observavam a ordem SVO. O que acontece é que em JOÃO GOSTAR MARIA, JOÃO e MARIA são reversíveis porque cada um pode ser sujeito ou objeto da sentença, enquanto em JOÃO GOSTAR FUTEBOL, JOÃO e o FUTEBOL não são. Ela observou que se o objeto e o sujeito são não-reversíveis, mudanças na ordem podem ocorrer. Isto parece também acontecer com os exemplos mostrados na LIBRAS. A pergunta que nós levantamos aqui é porque é possível ter argumentos não-reversíveis em sentenças com as ordens SOV e OSV, enquanto isso não é possível com argumentos reversíveis. A análise de Fischer é baseada em restrições semânticas. Pode haver também alguma restrição sintática sendo violada neste tipo de sentença. Se este não for o caso, este tipo de estrutura deve ser pronunciado sem problema, e seria inaceitável apenas devido a não plausabilidade no significado.