O processo de alfabetização em SignWriting deve ter a preocupação de estimular as competências lingüísticas inatas no individuo e levá-lo a adquirir a leitura e a escrita a partir de sua própria linguagem, de seu potencial e de motivações naturais. Diferentemente da alfabetização na língua oral de seu país, que está escrita em toda parte, a criança surda não está exposta a uma escrita da língua de sinais, esse é um dos motivos pelo qual a sensibilização à proposta de aprendizagem é essencial. A sensibilização deve incluir a participação ativa da criança, seja contando uma história, ou executando atividades imaginadas pelo professor que levem ao objetivo de sentir a possibilidade e a necessidade de uma escrita para representar os sinais. Depois da tarefa de sensibilização, começo a mostrar que o sinalizado pode ser escrito. Os símbolos do SignWriting vão aparecendo, aos poucos, inicialmente associados à narrativa. Sigo a ordem do manual para o ensino formal da escrita, mas essa ordem não limita o diálogo nem a satisfação das curiosidades e dúvidas que vão surgindo. Respondo às perguntas com a solução apropriada ao caso, não importa que essa solução só vá ser abordada formalmente bem mais tarde. A criança tem sua pergunta respondida e, embora não consiga captar bem todo o alcance da resposta, vai seguindo adiante. Gradativamente sua compreensão do sistema vai se ampliando.