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Escrita de Sinais I
A questão é complexa e as lideranças surdas que estão politizadas e tomam a frente do processo buscam novas práticas que precisam ser apoiadas pelas instituições que pensam a educação com soluções novas e criativas que levem em conta, não apenas os aspectos formais, mas também as relações subjacentes de poder ainda que veladas, inconscientes ou travestidas de boas intenções.
As aparências sempre estiveram contra os surdos em relação às suas reais capacidades, por sua dificuldade de falar e de compreender aquilo que o ouvinte diz, a tendência natural desses, é menosprezar a mensagem da pessoa surda, pela forma como ela aparece. Com a língua de sinais os surdos podem, através do intérprete, compreender e ser compreendidos, e os ouvintes são colocados no mesmo nível, precisam também do intérprete ou de aprender uma língua que não é a sua língua natural.
O surdo que participa da comunidade surda, quando encontra o grupo de surdos fica muitas horas na festa, ou no encontro de rua, ou em qualquer lugar, para dar-se bem comunicando com a língua de sinais. As pessoas surdas que vivem na casa com a família ouvinte se comunicam muito pouco durante a semana. A cultura da família é um ambiente hegemônico ouvinte.