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Escrita de Sinais I
Do ponto de vista da cultura surda, o uso da língua oral de seu país, como única opção de escrita significa não só que as relações pessoais entre surdos que são contemporâneos uns dos outros, mas que estão distanciados uns dos outros no espaço, mas também, que as manifestações dos surdos de outras épocas, precisam ser mediadas e registradas em forma escrita numa língua que não é a própria, não é a língua de sinais com a qual eles se expressam.

Para compreender a leitura é preciso haver uma complementação entre o conhecido, que está na nossa cabeça, e o desconhecido, que está no papel; entre o que está atrás e o que está diante dos olhos. Teatro, narrativas, literatura surda em geral, só podem ser escritos após serem vertidos para uma língua falada, mesmo quando criados originalmente em língua de sinais. Os surdos não podem construir sua própria escrita de acordo com sua maneira de sinalizar. Sobre como os surdos manifestam sua cultura em sua língua de sinais o presidente da Federação Mundial de surdos declarou assim, veja.

A escrita, o poder e a tecnologia são parceiros nas narrativas ocidentais da origem da civilização. A Cultura Surda está minimamente registrada, porque as situações que os surdos vivem, não conseguem escrever em sua própria língua.