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Escrita de Sinais I
No decurso da última década, apesar da contínua resistência dos defensores do método oral, programas bilíngües/biculturais foram implementados nas escolas de vários paises europeus e também no Brasil. Diferentes abordagens pedagógicas têm caracterizado esses programas. Na Alemanha um projeto piloto contempla um bilingüismo contínuo dentro da sala de aulas. Na Suécia a língua de sinais é a única língua de instrução e a língua oral em sua forma escrita do país é vista em termos de segunda língua. Na França o programa “Deux langues pour une Educatión” (Duas línguas para uma educação) oferece à criança surda uma área de suporte em língua de sinais de tempo integral. No Brasil o MEC, a partir do reconhecimento da Libras como língua oficial dos surdos brasileiros, encaminha sua inclusão na educação dos surdos.

Com esses enfoques, o desenvolvimento intelectual e cultural das comunidades surdas tem evoluído e o caminho natural dessa evolução passa pela aquisição de uma escrita própria que pode proporcionar o acesso a um novo patamar em suas expressões culturais e comunicativas. Com a aprendizagem da escrita de língua de sinais, os surdos vão ter a oportunidade de desenvolver uma nova cultura, que é a cultura surda escrita, um pouco diferente da cultura surda sinalizada.