top
Aquisição da Segunda Língua
A diferença que alguns teóricos estabelecem para esses dois termos é, como estamos vendo, de natureza sociolingüística, mais do que psicolingüística. De fato, nossa experiência e observação nos mostram que o processo de aquisição pode ser afetado se adquirimos a segunda língua em um ambiente de imersão ou em um ambiente em que a exposição à língua é reduzida, mas os estudos que mostram como o contexto de aquisição interage com e afeta o processo de aquisição ainda são bastante incipientes. Assim, como recomenda Ellis (2008), manteremos uma postura aberta em relação a essa diferença e à possibilidade de o contexto afetar o processo de aquisição mas, para facilitar nossa interlocução, usaremos o termo “segunda língua” para ambas as situações, nos referindo a esse termo, na maioria das vezes, como L2.

Como você verá a seguir, as visões sobre o processo de aquisição de segunda língua que estudaremos são chamadas, algumas, de teorias, outras de modelos e outras, ainda, de hipóteses. Você verá que, de fato, há diferenças em cada uma dessas visões e por isso as diferentes maneiras de denominá-las como teorias, modelos e hipóteses.
É preciso lembrarmos que, embora nem sempre a diferença entre os termos teoria, modelo e hipótese vá ser imediatamente percebida nas propostas que vamos estudar, saber que há diferenças em termos de quão abrangente a proposta deve ser nos ajuda a entendê-la.