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Aquisição da Segunda Língua
Muitos pesquisadores acreditam que no estágio inicial da aquisição de segunda língua, o aprendiz pode ainda ter acesso à GU. Como essa afirmação é controversa, há atualmente 4 propostas com relação a esse acesso quando estamos em processo de L2:

  1. Temos total acesso à GU como um guia inato à aquisição de língua.
  2. Temos acesso parcial à GU, já que mantemos alguns de seus componentes, mas não outros.
  3. Temos acesso indireto à GU através de nossa L1. Os parâmetros de nossa L1 servirão de base para a L2.
  4. Não temos mais acesso à GU e devemos adquirir a segunda língua por meios completamente diferentes daqueles que adquirimos nossa L1.

Tomando agora a segunda pergunta que os teóricos da GU tentam responder com relação à L2, as considerações sobre a natureza da interlíngua e como ela se desenvolve dependem, em parte, da posição que tomamos com relação ao acesso à GU. Interlíngua, nessa teoria de aquisição, são os estágios intermediários de desenvolvimento (IL1, IL2, IL3) da segunda língua. Assim, se aceitarmos a idéia de que temos pelo menos algum acesso à GU, o processo de desenvolvimento da interlíngua consiste em restabelecer parâmetros com base no insumo lingüístico a que estivermos expostos. É importante enfatizar que esse é um processo geralmente inconsciente. Se mecanismos de aquisição de línguas ainda estiverem disponíveis para nós aprendizes, o insumo lingüístico presente no ambiente é suficiente para que estabeleçamos novos parâmetros com base em evidência positiva – ou seja, em insumo que obtemos em contextos naturais de uso da língua.