Três hipóteses são possíveis: (a) a hipótese da aquisição instantânea, citada acima, (b) a hipótese maturacionista e (c) a hipótese continuista. Como mostrado anteriormente, a hipótese (a) não se propõe a explicar os estágios intermediários que estão sendo questionados, logo, restam (b) e (c) como possíveis teorias da aquisição. De um lado, a hipótese maturacionista (HM) tem como idéia fundamental que a GU é sujeita a um processo maturacional determinado biologicamente, que faz os princípios emergirem numaordem temporal específica(Borer e Wexler (1987); Felix (1992)) Tal hipótese assume que a GU não é o único componente específico da linguagem que controla o desenvolvimento lingüístico, mas que, juntamente com a GU, existe um programa (ingl. ‘schedule’) maturacional inato que determina o que a criança fará e em que período. Numa versão mais radical desta teoria, a HM assume que em cada estágio do desenvolvimento, a gramática da criança será restringida somente pelos princípios que já emergiram, enquanto pode violar todos os princípios que não maturaram ainda. Assim, dentro dessa hipótese, o problema do desenvolvimento é resolvido maximizando a programação genética da criança.
(Borer e Wexler (1987); Felix (1992)) Borer, H. e K. Wexler (1987) “The maturation of syntax”. In: T. Roeper e E. Williams (eds.) Parameter Setting. Dordrecht: D. Reidel.