Vejamos. A começar pela morfologia depreendida a partir da observação (sempre numa relação de oposição) das sentenças (20) e (21), constatamos que a marca de plural se dá no vocábulo com o acréscimo do morfema -s. E, ainda, ao pluralizarmos o item lexical apalaia, acrescentamos também uma marca de plural, estabelecendo uma relação de concordância, no artigo a, que antecede o item apalaia, cf. (21). Reconhecidamente apalaia, nesse contexto, nomeia algo que nem mesmo sabemos do que se trata, mas sabemos certamente que esse vocábulo está de fato nomeando uma substância nas sentenças listadas acima. Ainda dentro do Sintagma Nominal das sentenças em questão, identificamos que a posição estrutural em que o vocábulo apalaia aparece possui determinadas propriedades bastante específicas. Em todas as posições, no entanto, apalaia é o núcleo do sintagma nominal. E mais: de acordo com o arranjo sintático (ou com a formação composicional) em (21), observamos que o item lexical apalaia (seja lá qual substância tal coisa nomeie no mundo) possui algumas propriedades semânticas, como a de ser quebrável, por exemplo.
: o acréscimo do morfema -s. Você certamente identifica que essa marca morfêmica é particular a muitas outras palavras do português, tais como nos vocábulos mesas, chinelos, cachorros etc. Tais vocábulos nomeiam o mundo (em que vivemos e até mesmo aqueles que idealizamos ou inventamos).