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Semântica e Pragmática
Normalmente, o contexto em que a sentença é pronunciada nos ajuda a perceber qual é o significado que está em jogo. Ou seja, o contexto ajuda a desfazer a ambigüidade que uma palavra que tem homônimos poderia gerar. Se usarmos uma sentença como (39) em um ateliê de costura, com quase toda certeza vamos estar nos referindo à parte de uma camisa. Por outro lado, quem fizer referência a uma manga cortada em uma cozinha, provavelmente vai estar falando da fruta. Desse modo, em um grande número de situações, os falantes de português não têm problema em saber qual é o signo que está sendo usado em um determinado contexto. Os signos homônimos são percebidos como signos diferentes. Há homônimos que pertencem à mesma classe gramatical, e há homônimos que pertencem a classes gramaticais diferentes. 'Manga', por exemplo, é sempre um substantivo, quer seu significado seja a parte da camisa ou a fruta. Mas considere, agora, a palavra 'passe', por exemplo. 'Passe' pode significar um documento que permite a nossa entrada em algum lugar sem pagar, ou pagando com desconto como apresenta o seguinte exemplo Nesse caso, 'passe' é um substantivo. Mas observe agora a seguinte situação Nesse caso, 'passe' é a forma do imperativo do verbo 'passar'. O significante é igual ao da palavra ressaltada no exemplo (40), mas 'passe' de ônibus é substantivo, e 'passe' do verbo 'passar' é verbo. Existem também casos de homônimos que são escritos de maneira diferente Vejam alguns exemplos