A mais conhecida teoria desenvolvida em oposição à visão clássica de categorias é conhecida como teoria de protótipos. Essa teoria surgiu a partir dos estudos experimentais feitos pela psicóloga americana Eleanor Rosch e seus colaboradores. Esses pesquisadores demonstraram, por meio de uma série de experimentos, que categorias conceituais naturais são estruturadas a partir dos melhores exemplares da categoria. Ou seja, as categorias são estruturadas a partir dos exemplares que primeiramente vêm à mente de um grande número de pessoas, quando perguntadas sobre qual seria um exemplo de membro daquela categoria. Esses melhores exemplares são chamados protótipos. Os protótipos são os membros centrais de uma categoria. Em uma cultura como a nossa, por exemplo, maçã é um protótipo de FRUTA. Qual seria nosso protótipo de VERDURA? E de LEGUME? A escolha dos melhores exemplares de uma categoria apresenta importantes correlações com certos aspectos de nossa cognição. Essas correlações são chamadas efeitos de protótipo. Dois dos efeitos de protótipo mencionados na literatura são os seguintes:
• quando pedimos às pessoas que façam uma lista dos membros de uma determinada categoria, os melhores exemplares da categoria vão aparecer no topo da lista; no caso da categoria FRUTA, por exemplo, em um país como o nosso, o exemplar ‘maçã’ geralmente aparece em primeiro lugar; • as crianças tendem a adquirir primeiramente as palavras que se referem aos membros prototípicos de uma determinada categoria; dessa forma, crianças brasileiras tendem a adquirir a palavra maçã antes da palavra damasco, por exemplo.