Os classificadores são adquiridos em idades mais precoces e que filhos de pais ouvintes também têm a mesma competência de aquisição, os dados que eles coletaram referem-se às produções de 35 crianças, tanto filhas de pais surdos como de pais ouvintes, com idade a partir de 1;3 anos.
Segundo os autores, crianças surdas e ouvintes, desde a mais tenra idade, usam configurações manuais e gestos para referir-se a entidades com base nas suas propriedades salientes ou com base no significado de sua manipulação.
Os dados de crianças menores de 3 anos sugerem que princípios icônicos são avaliáveis para usos produtivos e criativos de classificadores, desde cedo.
Vocês perceberam? Nada muito claro a respeito: afinal os elementos de grande iconicidade são adquiridos tardiamente ou não? São habilidades rapidamente desenvolvidas por surdos e ouvintes ou não? Há algumas controvérsias, por isso ainda faltam muitos estudos para entendermos esse fenômeno. No entanto isso não é de desanimar, as pesquisas científicas se desenvolvem exatamente assim. As teorias devem ser confirmadas ou refutadas, os testes experimentais devem ser replicados, controlando todas as variáveis que podem interferir no resultado, os testes observacionais devem seguir um rigor de registro e os dados coletados em ambos os testes, experimental ou observacional, devem ser muito bem analisados a fim de que os resultados sejam confiáveis e contribuam para o avanço da ciência.
Vocês leram também na descrição do TELSF que, para conduzir os experimentos o programa escolheu sujeitos surdos bilíngües a quem aplicaram os estímulos, mas afinal, como é constituído o sujeito surdo bilingue? Vamos ver a seguir.