Atualmente, um diálogo multidisciplinar também se faz necessário no campo dos estudos da tradução. Contribuições advindas das vertentes cognitiva e discursiva visam esclarecer a competência tradutória não mais tendo o objeto da tradução como um produto, mas como um complexo processo.
A análise psicolingüística do ato de traduzir leva em consideração não somente a relação dinâmica entre dois textos lingüísticos, mas principalmente o comportamento do mediador interlinguístico. Dentre alguns problemas psicológicos da tradução, esse autor identifica:
a. Condições objetivas (referentes à estrutura) e subjetivas do ato de traduzir (ligadas ao comportamento do tradutor);
b. Características dos processos de trans-codificação;
c. Relação entre conhecimento do léxico e conhecimento da gramática;
d. Gradações entre a tradução literal e a tradução livre.
O termo “competência tradutória” começou a ser usado somente em meados da década de 1980. Essa competência é diferente da competência lingüística, pois há diferentes fatores que estão imbricados numa habilidade e outra.