Nesse contexto, a colaboração interdisciplinar entre psicólogos e lingüistas foi principalmente motivada pelo aumento do acervo de pesquisas e teorias que viabilizaram a tentativa de união das duas áreas que, nesse momento, recebiam forte influência da Teoria da Informação. Devido essa interdisciplinaridade, a Psicolinguística é, simultaneamente, psicologia e lingüística e trata-se de uma disciplina científica relativamente nova que se consubstanciou em dois importantes seminários, onde se reuniram alguns representantes da psicologia, da lingüística e da antropologia.
Foi uma longa gestação até o marco que aconteceu num seminário de verão da Universidade de Cornell em 18 de junho a 10 de agosto de 1951. Nesse encontro, alguns especialistas concluíram que ela estava pronta para vir à luz do mundo científico. Assim, seu registro como ciência autônoma se firmou em outro encontro de verão na Universidade de Indiana em 1953. Originando o livro: Psycholinguistics, o qual lançou as bases programáticas e a tentativa de síntese das teorias multidisciplinares que as embasaram.
Dadas essas noções, a psicolingüística, tomando como base a historicidade que é pertinente ao seu aparecimento, justifica sua importância por vir de encontro às tendências e necessidades que se manifestaram nas ciências humanas da década de 50.