Como o momento histórico exigia o desenvolvimento de novos mecanismos de comunicação e, portanto, de novas abordagens sobre a linguagem verbal, psicólogos e linguistas resolveram dialogar e iniciar uma cooperação. Podemos dividir esse desenvolvimento histórico em dois momentos que veremos neste capítulo.
2.1 O registro
Para contextualizar um pouco sobre os fatos históricos e as mudanças que sofria a sociedade naquela época, podemos citar o fato de que após a Segunda Guerra Mundial havia uma necessidade premente de desenvolver o conhecimento sobre os sistemas da informação. Assim, a denominada “teoria da informação” que desenvolvia mecanismos de transmissão mecânica de mensagens contribuiu para a mudança do quadro dos estudos da comunicação. Essa teoria consistia em resolver problemas levantados pelas telecomunicações
Os termos ‘transmissor’, ‘codificação’, ‘canal’, ‘receptor’ e ‘descodificação’, dentro dessa teoria, eram transformações das vibrações do ar provocadas por sinais sonoros em sinais elétricos que passavam por um canal e eram reconvertidas em vibrações passíveis de serem percebidas por um receptor. Assim, adotando os termos e o esquema idealizado pelos técnicos da informação. Foi proposto um novo esquema aplicado à comunicação humana em que haveria um input ou estímulo auditivo ao qual o indivíduo é exposto, um receptor que se trata do sistema perceptivo que “decodifica” o estímulo, uma destinação e uma fonte que correspondem ao componente cognitivo do sujeito. Por fim, o transmissor “codifica” aquilo que quer dizer em forma de comportamentos motores que resultam no output do sistema, ou seja, sua resposta.