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Morfologia






3. regras morfológicas: vamos começar esta investigação olhando para palavras que todos nós conhecemos em português, como felizmente, pereira e lavável. Se você perguntar a um falante nativo de português como se formaram essas palavras, eles te dirão que elas "vieram de" feliz, pêra e lavar, respectivamente. Ora, o fato de os falantes identificarem relações dessa natureza entre as palavras mostra que eles podem enxergar a estrutura interna das palavras. Dada uma palavra como pereira, eles são capazes de ver que lá dentro tem a base pêra e o morfema sufixal -eira. Segundo Basílio (1980:49), para identificar estas formas dentro de uma palavra, o falante usa a Regra de Análise Estrutural (RAE), que tem o formato geral de (1a) e, nos nossos exemplos , adquire os formatos específicos em (1b-d) :
Por outro lado, quando um falante, a partir de relações existentes no léxico, forma uma palavra nova como clonável, ele está usando o que em teoria gerativa se chama Regra de Formação de Palavras (RFP), com o formato geral (2a) e o específico (2b)
É porque o falante percebe relações paradigmáticas estabelecidas no léxico que ele pode formar clonável a partir de clonar, dado que existem os pares lavar – lavável, tratar – tratável, ler – legível e inúmeros outros do mesmo tipo no léxico mental