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Morfologia
3. A existência de concordância: quando discutimos o problema da flexão de número , chamamos a sua atenção para o fato de que concordância é um fenômeno fundamentalmente sintático, o que quer dizer que é só olhando para uma sentença ou, no mínimo, para um grupo nominal que é possível saber se existe algum tipo de concordância desencadeada ali. No caso da expressão do gênero, é ainda mais clara a necessidade de olharmos ao menos o grupo nominal em que está inserido o nome do qual queremos saber o gênero, já que esta informação advém exatamente da concordância desencadeada por ele em outros itens, que portam marcas formais claras de gênero: a gente só sabe qual é o gênero de um substantivo que a gente nunca viu antes quando olha a forma do artigo que o acompanha, certo?
A concordância é, portanto, a maior fonte de informação que temos do gênero dos substantivos: basta olharmos para a forma do artigo definido, por exemplo, que se combina com ele: se o artigo é a, estamos frente a um substantivo de gênero feminino; se o artigo que o acompanha é o, não resta dúvida de que se trata de um substantivo do gênero masculino. Assim, mabole é do gênero masculino, já que é o mabole, e tanto faz o que isso significa!