Sabemos, ainda, que um sintagma preposicional envolve um núcleo, papel preenchido pela preposição, e um complemento da preposição, papel preenchido por um substantivo. Encontramos esse substantivo logo em seguida, com a palavra “bengala”. A princípio, mais uma vez, o sintagma nominal estaria completo com “O homem de bengala”, mas logo em seguida nos deparamos com outra preposição complexa (ou locação preposicional), “ao lado de”, indicando o início de um segundo sintagma preposicional. Novamente, para o novo sintagma preposicional, sabemos que a preposição (núcleo) desse sintagma deve estar acompanhada de um substantivo que será o seu complemento, e mais uma vez encontramos esse substantivo logo em seguida, com o sintagma nominal “a moça”.
Como podemos perceber, nós começamos a frase com um constituinte simples (O homem) que foi sendo incrementado por 2 sintagmas preposicionais (de bengala + ao lado da moça) até se tornar um sintagma nominal complexo (O homem de bengala ao lado da moça). Após esse longo sintagma, quando encontramos o verbo “caiu”, sabemos que agora não estamos mais nos limites do sintagma, mas já entramos no domínio da oração. Associando o verbo ao sintagma nominal complexo como um todo, descobrimos que o verbo “caiu” refere-se ao seu núcleo principal, “o homem”, modificado por dois sintagmas preposicionais: “de begala” e “ao lado da moça”.
Assim, o conhecimento da estrutura e função dos constituintes sintáticos nos permite ir além da seqüencialidade das palavras e estabelecer relações hierárquicas entre os elementos da oração, o que é fundamental para o estabelecimento da coesão textual Veja uma possível esquematização dessa discussão na figura