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PALAVRAS GRAMATICAIS
Por exemplo, você conhece o morfema –ei, que indica o futuro em verbos do português, como em “começarei, estudarei, viverei”. Você sabia que no passado, no latim, esse morfema era um verbo comum? O verbo no latim era ‘habere’, que se combinava com outros verbos para indicar a idéia de dever. Por exemplo, a expressão ‘cantare habeo’ no latim significava algo como ‘hei de cantar” ou “devo cantar”. Com o passar do tempo, o verbo ‘habere’ começou a indicar a idéia de futuro, como em “cantare hei”, em que ‘habere’ aparece flexionado na 1ª pessoa do singular. A partir daí, “habere” foi ficando cada vez mais preso ao verbo, até virar um morfema que não tinha mais vida independente, como na palavra “cantarei”. Vemos então como uma palavra de conteúdo, como um verbo, foi se modificando até virar um item gramatical, como um morfema preso (cantare habeo > cantare hei > cantarei)
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MORFEMAS PRESOS
Lembre-se que existem morfemas livres e morfemas presos. Morfemas livres são aqueles que aparecem sozinhos, de maneira independente na frase. O morfema “perto” é um exemplo de um morfema livre que coincide com o conceito de palavra. Em outros casos, as palavras podem ser quebradas em mais de um morfema, podendo haver nelas morfemas presos, sem vida independente. Na palavra “neto”, o morfema “-o”, que indica gênero masculino, é um exemplo de um morfema preso, que não pode aparecer sozinho na frase. |