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Leitura e Produção deTextos






O modo como os princípios regulatórios de eficiência e eficácia vão orientar o uso dos fatores de textualidade (coesão, coerência, intencionalidade, aceitabilidade, grau de informação, situação e intertextualidade), portanto, vai determinar como uma seqüência lingüística vai ser interpretada. Em geral, o que iremos encontrar não é a oposição “texto vs. não-texto”, mas textos com maior ou menor grau de comunicabilidade. Quando um autor sabe adequar os diferentes fatores da textualidade em face de seus objetivos comunicativos, teremos um bom texto. Quando um autor não souber adequar os fatores aos seus objetivos, poderemos ter um texto pouco ou nada comunicativo. O problema de não saber utilizar os fatores de textualidade adequadamente pode gerar problemas de comunicação, com conseqüências mais ou menos graves dependendo do contexto de uso dos textos.

A complexa interação de fatores de textualidade faz com que não possamos dizer ao certo o que é um texto e o que não é um texto, sem considerar a realização de cada texto individualmente e observando como todos esses fatores interagem. Além disso, muitos desses fatores são subjetivos, como a atitude de aceitação do texto e de cooperação no ato comunicativo, ou ainda o conhecimento de mundo necessário para preencher as lacunas de sentido do texto e construir a sua coerência. Por causa disso, em alguns casos, é possível que uma mesma seqüência lingüística seja subjetivamente recebida como um texto por uma pessoa, mas não para uma outra pessoa.