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Análise do Discurso L06






Dentre as abordagens críticas, incluímos, por exemplo, a Análise do Discurso de linha francesa desenvolvida por Pêcheux (1982) ; a lingüística crítica desenvolvida por um grupo de pesquisadores da Universidade de East Anglia (FOWLER et al, 1979; KRESS e HODGE, 1979) interessados em discutir as relações entre linguagem e sociedade não abarcadas pela Sociolingüística, buscando identificar, a partir do uso de linguagem em textos orais e escritos, relações de poder, controle e ideologia; e, mais tarde – dando prosseguimento aos estudos da lingüística crítica – a Análise Crítica do Discurso (ACD). A Análise Crítica do Discurso (ACD) é representada principalmente por Fairclough (1989, 1992, 1995, 2003) e Wodak (1986, 1992, 1996), que pressupõem o discurso como parte inerente à sociedade e, como tal, capaz de criar, reforçar ou desafiar identidades, formas de relacionamento, conhecimentos, crenças, pressupostos, enfim, visões de mundo.
De modo geral, às abordagens críticas cabe descrever práticas discursivas de modo a identificar práticas sociais injustas que têm lugar na sociedade – e que não são questionadas, mas sim aceitas de forma passiva como se fossem naturais – a fim de desvelar, desmistificar e desafiar relações de poder, opressão e dominação social (VAN DIJK, 1997; MEURER, 2007).
Como você pôde perceber neste item, há várias vertentes da Análise do Discurso. Privilegiaremos, nesta disciplina, a Análise Crítica do Discurso, discutindo conceitos, objetivos e características que a ela se relacionam a fim de que você possa, a partir dessa base introdutória, continuar suas leituras acerca do assunto, caso deseje se embrenhar nessa fantástica área multidisciplinar.