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Libras I
         
 
As línguas de sinais mostram grande similaridade em suas estruturas morfológicas. Todas as línguas de sinais já estudadas apresentam as mesmas particularidades em sua complexa morfologia.  
Segundo ARONOFF, MEIR, PADDEN e SANDLER (2004), dois dos aspectos centrais nas construções morfológicas são: a concordância verbal para pessoa e número do sujeito e do objeto em um grupo específico de verbos (os chamados verbos com concordância) e o sistema de construções de classificadores que combinam configurações de mãos de classificadores nominais com a forma da trajetória, do movimento e com as locações, afixando diferentes morfemas ao sinal. Esse tipo de morfologia apresenta uma estrutura não-concatenativa (não-sequencial) combinando os morfemas de forma simultânea ao invés de seqüencial.
Por outro lado, as línguas de sinais apresentam outro tipo de morfologia, que é comumente encontrado em línguas faladas, que é a afixação seqüencial que surge por meio da gramaticalização, mas este é um aspecto que não recebe muita atenção dos pesquisadores. Aronoff et al. (2005) encontraram esse tipo de afixação na ASL (língua de sinais americana) e na ISL (língua de sinais israelense), mas em ambas as línguas é um caso raro. Esta escassez de afixação seqüencial ocorre devido a dois fatores que estão interligados.