: comunidade de outras. Devido à existência de uma comunidade de surdos com sua própria linguagem e cultura, existe um âmbito cultural, no qual ser-se surdo é não ser-se incapaz, muito pelo contrário, ser-se surdo no comportamento, valores, conhecimentos e ser-se fluente em ASL é considerado, como já vimos, um privilégio na cultura surda. Se respeitarmos os direitos dos cidadãos de outras culturas, incluindo aqueles que fazem parte do nosso país, a terem as suas próprias normas regulamentares, as quais podem ser diferentes das normas (podendo, contudo, recusar fazê-lo, correndo o risco de estarmos a ser ingênuos, apenas por que acreditamos que tal não é possível), então também devemos reconhecer que a surdez da qual falo não é uma enfermidade, mas apenas outro modo de estar e de ser. (LANE, 1992, p.35).