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MEN em LIBRAS como L1
Acreditamos que os enfoques das metodologias de língua de sinais devam se voltar para toda essa “produção empírica” como elementos essenciais para serem retomados sistematicamente dentro de um processo de escolarização.

A presente disciplina procura não apenas mostrar caminhos amadurecidos na educação de surdos e que se mostraram eficientes, mas tem o papel de ser propositiva em termos de reunir princípios que refletem um jeito surdo de construir. Mais do apresentar técnicas e fórmulas prontas de como ensinar e o que interfere na aprendizagem, é importante que a produção de surdos tenha cada vez mais espaço para criar novos textos. Se uma idéia puxa outra idéia, um texto de um surdo puxa textos de muitos outros surdos.

Entendemos que são formas de compor visualmente que se aproximam, se tocam, e abrem perspectivas que precisam ir crescendo e se encontrando no caminho. As vias são muitas, como uma cidade cheia de estradas, assim é o encontro dos textos surdos. Não podemos falar de uma metodologia única, e sim metodologias; é sempre no plural porque não podemos esquecer que são várias as identidades surdas, e o que atende a uma, não necessariamente atende a outra. Decidir qual metodologia utilizar depende de uma complexa interação de fatores individuais e sociais, e todo educador deve estar atento às diferenças.

Metodologias não apresentam garantias e certezas de como o ensino deva ser, mas funcionam como um conjunto orquestrado de elaborações desenvolvidas ou reconhecidas pelos surdos ou construídas a partir da cultura surda que produz efeitos de sentidos mais significativos para essa comunidade. Dentro de um currículo que está sempre aberto e em movimento para atender a realidade que se apresenta, o campo metodológico é um contínuo repensar das relações pedagógicas.