top
Introdução a Educação a Distância






Na segunda geração (uso de rádio e TV), o estudo continuava fragmentado, só que agora despachado pelas antenas e satélites. A comunicação continuava unidirecional, só que adotando novos recursos visuais e sonoros. Como diz Belloni, trata-se da mesma educação transmissiva e individualista, só que agora com recursos mais modernos.

Aos poucos passamos da possibilidade de uma comunicação unidirecional para uma outra bidirecional. Quando o avanço tecnológico propiciou inclusive a conferência mediada por computadores, carregando consigo o potencial para a interação e o diálogo, o modelo de ensino continuou concentrado na comunicação unidirecional, no conhecimento especializado, no mercado de massa e na independência dos estudantes (Sumner, 2000, p. 277). Mostrou que antes das possibilidades dadas pelos recursos técnicos havia, sim, uma escolha de princípios educativos.

O que esses autores admitem e mostram é que a EaD tem sido usada quase exclusivamente reforçando aquele modelo ultrapassado de educação que falamos no começo. Nas primeiras gerações, a aprendizagem não é social, mas individualista, e é considerada uma aquisição de conhecimento dada pelo material de estudo. A terceira geração tem à sua disposição um recurso tecnológico apropriado para a aprendizagem coletiva, que pode ou não acontecer, dependendo da decisão de valor que está na proposta político-pedagógica do curso. E também, dependendo da apropriação que os alunos, autônomos, fazem dos recursos tecnológicos.