Cursos a distância que sejam meras adaptações da tradicional educação individualista continuada em ambientes informatizados (posto que baseados na instrução fragmentada de conteúdos, sobrecarregados de informações em CD-ROM e links de websites, testes individuais) podem aumentar e tornar quase sem fim o acesso à informação pelos estudantes, mas não contribuem em nada para providenciar a interação vital necessária para o diálogo, isto é, através da aprendizagem social (Sumner, 2000).
“A essência de uma educação que constrói o mundo da vida é a experiência de aprendizagem em grupo que caracteriza a ação comunicativa. Ação comunicativa é um processo bidirecional que pode acontecer face-a-face ou, com diferentes níveis de eficácia, pela mediação do texto (correspondência com tutores), áudio (tutoria por telefone ou audioconferência), televisão (televisão interativa e videoconferência) e computador (e-mail ou conferências por computador). A ação comunicativa não pode acontecer na comunicação unidirecional – unidades de curso e suplementos, fitas de áudio e vídeo, e programas de rádio e televisão. Essas tecnologias unidirecionais deixam pouco espaço para a comunicação no sentido verdadeiro do termo – comunicação como o discurso emancipatório e não-dominante desenhado para promover o entendimento (Boyd, 1991)” (Sumner, 2000).