A historia de surdos registrada segue várias trajetórias, nas quais citarei algumas visões diferenciadas que são por um lado a história da educação dos surdos que contém muito de Historicismo , ou seja a história escrita onde predomina a hegemonia dos poderosos; a história na visão da influência preponderante e superioridade e por outro lado, a Historia Cultural’, ou seja a história na visão das diferentes culturas, em nosso caso, dos povos surdos, que infelizmente tem poucos registros.
E por ultimo há outra visão: 'história na visão crítica' que seria o 'historicismo' e a 'história cultural' mistas. Diferentes olhares na história de surdos • Historicismo / história hegemonia • História cultural • História na visão crítica
Vejamos naTabela como é a representação dos sujeitos surdos em diferentes olhares.
Historicismo / história hegemonia O historicismo é a doutrina segundo a qual cada período da história tem crenças e valores únicos, devendo cada fenômeno ser entendido através do seu contexto histórico; no caso de história de surdos é valorização excessiva da história do colonizador.
História cultural “História Cultural: é uma nova forma de a história de surdos trabalhar dando lugar à cultura e não mais a historia escrita sob as visões do colonizador” “(...) A História Cultural reflete os movimentos mundiais de surdos procurando não ter uma tendência em priorizar apenas os fatos vivenciados pelos educadores ouvintes, tornando-se uma história das instituições escolares e das metodologias ouvintistas de ensino e sim procurar levar através de relatos, depoimentos, fatos vivenciados e observações de povo surdo, misturando-se em um emaranhado de acontecimentos e ações, levadas a cabo por associações, federações, escolas e movimentos de surdos que são desconhecidas pela grande maioria das pessoas.”
História na visão crítica “Pode haver historicismo e história cultural que se misturam e usam o jogo de ‘camuflagem’, o uso dessa ‘máscara’ pode ser consciente ou não, que pode até estar banhado de dúvidas e/ou dificuldades de aceitação e lutam contra ela, acreditando que esta intenção é sincera, sendo assim para as pessoas que acham mais fácil ignorar do que a ter que conviver com as verdades que por vezes podem ser dolorosas ou medo de se expressar num grupo que luta contra as práticas ouvintistas e não quer ‘enxergar’ o outro lado da história (como é o caso de famílias que não aceitam a identidade surda, a língua de sinais ou outros por desconhecer da realidade do povo surdo). Mas devesse ter sido visto abertamente de outro modo, de outro ângulo e/ou algo escaparam ao alcance dos seus olhos e não perceberam. Vejamos exemplo de prática da história crítica de hoje