top
Fundamentos da Educação de Surdos
Devido à evolução tecnológica que facilitavam a prática da oralização pelo sujeito surdo, o oralismo ganhou força a partir da segunda metade do século XIX.
A modalidade oralista baseia-se na crença de que é a única forma desejável de comunicação para o sujeito surdo, e a língua de sinais deve ser evitada a todo custo porque atrapalha o desenvolvimento da oralização.
Essa concepção de educação enquadra-se no modelo clínico e afirma a importância da integração dos surdos na comunidade de ouvintes, mas para que isto possa ocorrer o sujeito surdo deve oralizar bem, então necessita fazer uma reabilitação de fala em direção à “normalidade” exigida pela sociedade.
Com isto persistiu a aplicação de inúmeros métodos oralistas, geralmente estrangeiros, buscando estratégias de ensino que poderiam transformar em realidade o desejo de ver os surdos falando e ouvindo, fazendo com que os órgãos governamentais dessem enormes verbas para a aquisição de equipamentos em que pudessem potencializar os restos auditivos e com os projetos de formação de professores leigos que muitas vezes faziam o papel de fonoaudiólogos, ficando assim a proposta educacional direcionada somente para a reabilitação de fala aos sujeitos surdos.