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Escrita de Sinais I






Nesse momento, os relatos dos surdos, demonstrados os fracassos de sua educação, ocorre no Brasil à lei federal de oficialização da Língua Brasileira de Sinais ? Libras. Os educadores surdos propõem uma nova concepção para sua educação que aprofunda a discussão para além dos métodos e práticas escolares, propondo a construção de uma identidade surda, diferente da identidade ouvinte e incluindo em sua educação a escrita da língua de sinais que pode se constituir num novo território para fortalecer as pessoas surdas. A escrita de língua de sinais como ferramenta de comunicação, por sua natureza, permite construir um modelo teórico a partir do real e expressar a coerência desse modelo inventando as relações entre os elementos e possibilitando elaborar um ponto de vista sobre o mundo, passando do conjuntural expresso pela língua de sinais para o estruturado, expresso pelo texto. Entre os especialistas em educação de surdos é consenso que o uso da língua de sinais como forma de comunicação dentro da sala de aulas é condição indispensável para que a educação aconteça, pois, sem interação efetiva, aluno professor, professor aluno e aluno com seus pares, o processo educativo não pode avançar. No entanto, o impacto que a língua de sinais possa ter no letramento de crianças surdas ainda foi muito pouco explorado por pesquisadores em educação e o fato de que, se a educação bilíngüe usa duas línguas, aprender a escrever nas duas línguas seria uma conseqüência lógica para a criança surda, apenas começa a ser pesquisado nas escolas e classes para surdos.