top
Aquisição da Segunda Língua






Artefatos culturais, tais como a linguagem, assumem uma função psicológica através do processo de internalização. Este processo, assim como o processo de mediação, é central na Teoria Sociocultural. A internalização consiste de um processo negociado que reorganiza a relação entre o indivíduos e seu ambiente social, permitindo que essa relação seja levada para o desempenho de estágios futuros. É o processo de internalização que nos permite ter controle sobre nosso cérebro – o órgão biológico em que o pensamento opera.

Lantolf e Thorne (2007) assim como Gass e Selinker (2008) afirmam que, para Vygotsky a internalização se dá por meio da nossa capacidade de imitar a atividade intencional do outro. O conceito de imitação, nessa Teoria, é complexo, e é uma atividade cognitiva direcionada que envolve mecanismos motores e neurológicos e que pode, inclusive, modificar o modelo original. Não é uma simples cópia do que a criança vê ou ouve no ambiente em que está. O processo de imitação pode ocorrer imediatamente após um evento ou algum tempo após – nesse caso, a imitação permite que a criança analise a linguagem “off-line” permitindo que o par “imitação-fala espontânea” apareça. O processo de imitação que acontece algum tempo depois do evento constitui a base da fala espontânea.

Por fim, um outro conceito que é fundamental na Teoria Sociocultural é o de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZPD), com o qual você provavelmente deve estar familiarizado. A Zona de Desenvolvimento Proximal foi definida por Vygotsky como “a distância entre o nível de desenvolvimento real, determinado pela capacidade de resolver problemas de forma independente, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado pela capacidade de resolver problemas sob a orientação de adultos ou em colaboração com parceiros mais capazes.