Ao completar um ano de vida, a habilidade de discriminar sons de línguas estrangeiras decai. Os bebês começam como potencialmente falantes de qualquer língua humana e sua capacidade para linguagem pode se adaptar a qualquer input lingüístico. Enquanto ao nascer eles têm capacidade para lidar com variações globais, depois de um ano de experiência suas capacidades ficam mais refinadas. Durante esse desenvolvimento, eles perdem algumas habilidades (por exemplo, lidar com contrastes de consoantes de línguas estrangeiras), mas ganham outras que os preparam para aprender as unidades da língua que ouvem ao seu redor (i.e., palavras). Nesta idade, a criança, além de balbuciar, também começa a produzir suas primeiras palavras (Elbers (1982); Vihman e Miller (1988)) Elas geralmente usam palavras que nomeiam objetos em seu ambiente, como “mamãe”, “papai”, “auau”, etc. Nesse estágio, os enunciados das crianças são compostos por apenas uma palavra. Esses enunciados de uma palavra geralmente têm o significado de umasentença completa A criança de um ano pode também usar gestos para se comunicar, como erguer os braços para indicar que quer que alguém a pegue no colo. A criança também combina gestos com palavras, como, por exemplo, apontar para um cachorro e dizer “auau”. Neste estágio, as crianças surdas também começam a produzir seus primeiros sinais. No lado da compreensão, a criança entende ordens, como por exemplo, “me dê um beijo”.
(Elbers (1982); Vihman e Miller (1988) . - Elbers, L. (1982) “Operating principles in repetitive babbling: a cognitive continuity approach”. Cognition 12: 45–63. - Vihman, M. M. e R. Miller (1988) “Words and babble at the threshold of lexical acquisition”. In M. D. Smith e J. L. Locke (eds.) The emergent lexicon: The child's development of a linguistic vocabulary. New York: Academic Press.