É fácil observar, na comunidade surda, uma grande variedade de repertórios verbais entre os membros da comunidade, com alguns surdos muito proficientes em libras mas com pouca proficiência em português; outros pouco proficientes em libras mas bem oralizados; outros proficientes em mais de uma língua de sinais; outros bons leitores de português e inglês; outros proficientes nos registros simplificados, o que os fazem bom intérpretes para surdos não sinalizados e não oralizados. A comunidade surda é bem servida pela grande diversidade interna de repertórios verbais. A capacidade de lidar com uma grande variedade lingüística pode ser uma das razões que explicam o fato de que surdos de diferentes países conseguem se comunicar com relativa facilidade. Essa diversidade dentro da comunidade é cultivada ou é criticada? A tendência atualmente na comunidade surda brasileira é a de que essa diversidade aumente ou de que diminua? O que é mais valorizado hoje, a diversidade, ou a padronização (e a "pureza") da libras? É possível atingir maior padronização da libras no Brasil sem criar um clima em que a diversidade nos repertórios verbais das pessoas seja mal-vista?