Vamos analisar esse silogismo nos termos que já estudamos. Quando dizemos que Sócrates é um homem, estamos dizendo que Sócrates é uma instância do esquema 'homem', e quando dizemos que todo homem é mortal, estamos dizendo que o conceito [HOMEM] é hipônimo do conceito [SER MORTAL]. Outra maneira de dizer a mesma coisa é dizer que Sócrates pertence à categoria HOMEM, e que os homens (todos eles, sem exceção) pertencem à categoria SERES MORTAIS. Sendo assim, sabemos que Sócrates não escapa da mortalidade; isto é, 'Sócrates é um homem' acarreta 'Sócrates é mortal'. E se 'Sócrates é mortal' é falso, será que podemos concluir que 'Sócrates não é um homem'? Sim. Porque se ele fosse homem, ele teria que ser mortal. E se 'Sócrates é um homem' é falso, será que podemos concluir que 'Sócrates não é mortal? Não. Não poderemos concluir nada sobre sua mortalidade, sem saber em qual categoria ele se coloca. Sabemos que não é homem, mas não sabemos se ele é um deus, um bode, ou qualquer outra coisa. Lembrem o exemplo da pêra. Sabemos que João comeu alguma coisa. Se é possível afirmar que é uma pêra, podemos concluir que ele comeu uma fruta. Mas se não sabemos que ele comeu uma pêra, não podemos concluir que ele não comeu uma fruta; ele pode ter comido uma banana. Podemos observar, então, que podemos dizer a mesma coisa da seguinte forma