Será que a sentença A acarreta a sentença B? Vamos ver: se é verdade que eu comi uma fruta hoje de manhã, é necessariamente verdade que eu comi uma banana hoje de manhã? Certamente não! Afinal, eu posso ter comido um mamão, uma maçã, uma laranja, ou qualquer outra fruta. Também, se é falso que eu comi uma banana hoje de manhã, é necessariamente falso que eu comi uma fruta hoje de manhã? Também não. Se eu tiver comido uma maçã, eu comi uma fruta, não é? Vejam então que existe acarretamento quando a sentença A contém um hipônimo e a sentença B contém seu hiperônimo. Quando a sentença A contém o hiperônimo e a sentença B contém o hipônimo, não há acarretamento. Mas, nem sempre a situação é fácil assim. Às vezes, temos que decidir se há ou não acarretamento entre sentenças sem que elas apresentem um par de hipônimo-hiperônimo tão claro como nos exemplos acima. Considerem este outro Par de Sentenças Será que existe acarretamento entre essas sentenças? Vamos fazer o raciocínio indicado acima: se é verdade que o João tirou 10 na prova, é verdade que alguém tirou 10 na prova, não é? Ao mesmo tempo, se é falso que alguém tirou 10 na prova (ou seja, se ninguém tirou 10 na prova), é igualmente falso que o João tirou 10 na prova. Podemos então dizer que a sentença A acarreta a sentença B.