top
Semântica e Pragmática
2.6 Hiponímia, hiperonímia e acarretamento semântico

Como vimos anteriormente, as noções de hiponímia e hiperonímia são usadas para tratar da relação entre dois conceitos: um mais elaborado (ou específico), outro mais esquemático (ou genérico). Assim, por exemplo, os conceitos de [LARANJA], [MAÇÃ], [MAMÃO], [MELANCIA] são conceitos bem elaborados quando comparados ao conceito de [FRUTA]. Dizemos, então, que [LARANJA], [MAÇÃ], [MAMÃO], [MELANCIA] são hipônimos de [FRUTA], e dizemos que [FRUTA] é hiperônimo de [LARANJA], [MAÇÃ], [MAMÃO], [MELANCIA]. Como já visto, os membros de uma categoria hipônima são também membros da categoria hiperônima. Ou seja, podemos dizer que as categorias hipônimas (MAÇÃ, MELANCIA) estão contidas dentro da categoria hiperônima (FRUTA), como mostra a figura . .
Isso faz sentido intuitivamente, porque sabemos que há mais frutas no mundo do que melancias e maçãs. As frutas incluem as melancias e maçãs e ainda todas as bananas, jacas e abacates! A categoria FRUTA é maior, mais inclusiva, justamente porque o conceito [FRUTA] é mais genérico, menos restritivo. Em outras palavras, é mais difícil ser uma banana do que ser uma fruta (porque uma banana tem mais atributos).
Mas se os conceitos [MAÇÃ], [BANANA] e [MELANCIA] são conceitos mais elaborados (mais específicos) do que o conceito [FRUTA], isso acontece em parte porque eles incluem o conceito [FRUTA] entre seus atributos. Vejam que o conceito [FRUTA] é uma das propriedades que define os conceitos de [MAÇÃ], [MELANCIA], etc. como mostra o esquema . .