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Psicolinguística
2.2.1 Experimentos sobre as unidades sintáticas

Tendo como base as gramáticas gerativas e transformacionais, alguns trabalhos buscavam compreender a realidade psicológica das sentenças nucleares.

- Em 1962, Miller busca provar a realidade psicológica das sentenças nucleares, pedindo que sujeitos emparelhassem listas de sentenças ativas, passivas e negativas, medindo o tempo de resposta para cada uma. Segundo sua hipótese, a complexidade exigiria um número maior de transformações e, consequentemente, um tempo maior de processamento e resposta;

- Em 1963, Miller e Isard tentaram mostrar a importância das estruturas sintáticas na compreensão de sentenças submetendo seus sujeitos a listarem o maior número possível de palavras que tivessem ouvido em enunciados de extensões semelhantes, sob condições de silêncio e com ruído.

Experimentos desse tipo foram contestados pelo fato de não levarem em consideração outras variáveis de ordem semântica ou pragmática, o que comprometeu a validação das hipóteses.

A maior parte dos experimentos das décadas de 50 e 60 se aplicava à validação da teoria Chomskyana, basicamente no nível das estruturas sintáticas. As suas concepções sobre o inatismo e sobre a criatividade lingüística foram usadas como referencial teórico nas pesquisas em aquisição de linguagem. Isso gerou uma subordinação da psicolinguística ao modelo gerativo, o que acarretou uma reação a esse modelo dominante. Com isso, algumas propostas se descentraram um pouco da análise sintática para abarcar outros fenômenos, dos quais temos alguns exemplos abaixo.