É via Chomsky que a idéia de energeia de Humboldt ressurge, pois considera a língua enquanto atividade dinâmica. Ele não empresta nenhuma importância à teoria do signo e confere à língua as propriedades da recursividade e da criatividade. No âmbito de sua gramática gerativa, o homem é dotado de uma faculdade de linguagem, uma dotação genética, cujo desenvolvimento resultará em certa competência lingüística.
Segundo Chomsky, os métodos indutivos não podem explicar quais os conhecimentos lingüísticos que os indivíduos possuem de sua língua. Sendo assim, ele sugere que um modelo lingüístico deve utilizar o método hipotético-dedutivo e que possa fornecer hipóteses empiricamente testáveis desse conhecimento armazenado.
Devido a convergência para a teoria com base racionalista, Chomsky promove a adoção de uma nova corrente em psicolingüística denominada cognitivista. Com isso, criou-se uma subdivisão da psicolingüística: a cognitivista e a experimental.
De acordo com Chomsky, lingüística é uma parte da psicologia cognitiva teórica que dá conta do conhecimento que um falante tem da sua língua – a sua competência. No entanto, ele acredita que ela não deva explicar como a língua é usada. Ela descreve somente o conhecimento relativamente estático armazenado na sua faculdade mental. Para ele, a explicação do uso lingüístico é de responsabilidade da psicolinguística que descreve o acesso e a utilização desse conhecimento armazenado na faculdade de linguagem.