Se Dolet foi um dos primeiros a tratar de maneira mais sistematizada questões referentes à tradução interlingual, a discussão da tradução passa, a partir do Renascimento, a ser um dos tópicos da cultura do Ocidente, e muitos outros o seguiram.
É o caso de Dryden (1631-1700) que, no seu Prefácio às Cartas de Ovídio (1680), propõe três tipos de tradução: 1) Metáfrase: verter palavra por palavra; 2) Paráfrase: tradução do sentido; 3) Imitação: recriação. Para Dryden, o método mais sensato para as traduções é a paráfrase, porque esta via intermediária permite uma leitura atenta do original para detectar as minúcias do estilo e da forma do texto a ser traduzido.
Um outro autor de língua inglesa, Alexander Fraser Tytler (1747–1813) também trabalha com a tripartição dos aspectos concernentes à tradução. Em 1791, Tytler escreve The principles of translation [Os princípios da tradução] e defende três princípios: 1) a tradução deve fazer uma transcrição completa da idéia da obra original; 2) o estilo e o modo da escrita devem ser os mesmos do original; 3) a tradução deve conservar toda a naturalidade do original.