(Começa o terceiro ato com o teatro em trevas. Clessi e Alaíde ao microfone.) Clessi (microfone) — Talvez você não tenha assassinado seu marido. Alaíde (microfone) — Mas eu me lembro! Foi com um ferro — bati na base do crânio! Aqui. Clessi (microfone) — Às vezes, pode ter sido sonho! Alaíde (microfone, com um acento doloroso) — Sonho — será? Estou com a cabeça tão virada! Pode ser que tudo tenha ficado só na vontade! Clessi (microfone) — Então aconteceu o quê, na igreja? (Luz no plano da memória. Estão Clessi e o seu namorado vestidos à maneira de 1905.) Alaíde (microfone) — Estou sempre com a idéia que seu namorado tinha a cara de Pedro. (Clessi e Pedro sentados, num récamier.) Clessi (com o mesmo vestido, mas sem chapéu) — Quer ver meus coelhinhos no quintal? Namorado (frio) — Não. Clessi (meiga) — Tem uns tão bonitos! (levantam-se os dois. Ele olha-a, depois senta-se de costas para ela. Clessi anda e volta.)