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Fonética e Fonologia






Eva (E) (31:44) - Eu percebo no teu jeito de fazer o sinal ‘vermelho’, uma forma peculiar. A tua orientação de mão é diferente, o pulso está mais para o lado. Esse é um jeito só teu ou é um jeito dos surdos de Pernambuco?

3A

Pedro (P) (32:01) É verdade! É um jeito só meu, mas não faz diferença, o sinal continua sendo o mesmo, apesar de a forma ser um pouco diferente.

E (32:05) Outro detalhe interessante é que algumas pessoas quando fazem o sinal “branco”, fazem questão de encostar o dedo nos dentes [risos]...

P (32:09) Verdade! Verdade! E ainda abrem bem a boca para mostrar os dentes!

3B

E (32:13) Isso não é necessário. Veja só: para o sinal “branco” não é necessário nem abrir a boca, nem encostar o dedo no dente! Imagine se eu estou comendo e sinalizando, ficaria um horror abrir a boca!

P (32:38) Sim, embora o sinal “branco” tenha tido a motivação da cor do dente, ele não precisa ter esse contato, ele vai se desprendendo...!

E (32:44) O sinal “branco” deve ser sinalizado de forma natural, assim como as palavras no português têm um ritmo, os sinais também têm um ritmo...

(KARNOPP, 2004)