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A fidelidade redefinida À primeira vista, pode parecer que, ao questionarmos a possibilidade de que uma tradução seja inteiramente fiel ao texto original, estamos questionando não só a própria possibilidade teórica de qualquer tradução, mas também a possibilidade de qualquer critério objetivo para avaliarmos textos traduzidos. Conforme tentamos demonstrar anteriormente, a tradução seria teórica e praticamente impossível se esperássemos dela uma transferência de significados estáveis; o que é possível o que inevitavelmente acontece, a todo momento e em toda tradução é, como sugere o filósofo francês Jacques Derrida, uma transformação: uma transformação de uma língua em outra, de um texto em outro. (DERRIDA, J. apud SPIVAK, G.C. prefácio do tradutor. IN: DERRIDA, J. Of Grammatology. Baltimore: The Johns Hopkins University, 1980, p. 87). Mas, se pensarmos a tradução como um processo de recriação ou transformação, como poderemos falar em fidelidade?. Como poderemos avaliar a qualidade de uma tradução? |