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Estudos da Tradução






Nesta unidade, vamos estudar o nome e a natureza dos chamados Estudos da Tradução e vamos ver alguns mapeamentos desse campo disciplinar, a partir de alguns teóricos, desde a década de 1970, concluindo com percepções atuais, conforme veiculadas em sítios representativos da área, tanto em nível internacional, quanto em nível nacional.
Na primeira disciplina de tradução deste curso, 'Introdução aos Estudos da Tradução', vocês conheceram vários autores que refletiram sobre a tradução, ao longo do tempo, cujas contribuições ainda hoje permanecem válidas. Por exemplo, vocês se lembram de Dolet (1509-1546), que no século XVI escreveu sobre “A maneira de bem traduzir de uma língua para outra” (1540). Lembram-se, também, de Dryden (1631-1700) que, no seu “Prefácio às Cartas de Ovídio” (1680), propõe três tipos de tradução: (1) Metáfrase: verter palavra por palavra; (2) Paráfrase: tradução do sentido; (3) Imitação: recriação. Viram, ainda, as reflexões de Tytler (1747–1813), que escreveu em 1791, The principles of translation [Os princípios da tradução], estabelecendo três princípios: (1) a tradução deve fazer uma transcrição completa da idéia da obra original; (2) o estilo e o modo da escrita devem ser os mesmos do original; (3) a tradução deve conservar toda a naturalidade do original. Já no século IX, o alemão Friedrich Schleiermacher (1768-1834), em seu importante ensaio intitulado “Sobre os diferentes métodos de tradução”, de 1813, discutiu duas possibilidades em relação à tradução: ou o tradutor deixa o autor em paz e leva o leitor até ele ou o tradutor deixa o leitor em paz e leva o autor até ele.