É certo que atitudes variadas e específicas fazem parte dos códigos de ética de cada profissão, mas poderíamos destacar algumas que são universais: generosidade, espírito de cooperação e respeito. Isto significa que você pode ir além das suas tarefas, ajudando a equipe ou um colega a resolver problemas e desenvolver tarefas que não foram dadas exclusivamente a você. Estas ações engrandecem o ser humano e instauram o sentimento de confiança mútua e solidariedade. Em Quadros (2004: 28) podemos verificar alguns papéis do intérprete no que diz respeito aos preceitos éticos:
a) confiabilidade (sigilo profissional); b) imparcialidade (o intérprete deve ser neutro e não interferir com opiniões próprias); c) discrição (o intérprete deve estabelecer limites no seu envolvimento durante a atuação); d) distância profissional (o profissional intérprete e sua vida pessoal são separados); e) fidelidade (a interpretação deve ser fiel, o intérprete não pode alterar a informação por querer ajudar ou ter opiniões a respeito de algum assunto, o objetivo da interpretação é passar o que realmente foi dito).
Como você pode ver, a atuação do intérprete deve ser permeada por preceitos éticos. Mas, em sua opinião, os preceitos éticos sobre os papéis do intérprete de Libras acima estão em conformidade com a sua visão? Quais itens você concorda e/ou discorda? Reflita a respeito... Acrescentaria também que para sermos profissionais éticos temos que ser capazes de a) compreender o conceito de justiça, b) adotar atitudes de respeito pelas pessoas, c) compreender a profissão que escolhemos em seu sentido histórico, aplicando os conhecimentos construídos e aprendidos; d) lançar mão do diálogo como meio de esclarecer conflitos, e) pautar as nossas ações com vistas a uma sociedade plural, democrática e solidária.