Assim como em outras línguas, a poesia em língua de sinais explora os recursos lingüísticos para obter efeitos estéticos. A forma como os poemas são organizados, bem como os sentidos que se abrem a partir disso, fazem uma quebra com a forma que a linguagem é utilizada no cotidiano. Os poemas podem estar mais próximos ou mais distantes do uso que se faz com a língua de sinais no cotidiano, em geral, fazendo uma ruptura com a regularidade e tornando as formas lingüísticas completamente criativas e novas. Há um uso criativo de configurações de mão, movimentos, locações e expressões não-manuais. O poema se abre para múltiplas interpretações e construções de sentidos.
Após assistir poemas em Libras, solicitamos que você acesse a pagina da web para a leitura do texto POESIA EM LÍNGUA DE SINAIS: TRAÇOS DA IDENTIDADE SURDA (Quadros e Sutton-Spence, 2006).
O texto Poesia em Língua de Sinais: traços da identidade surda as autoras analisam o poema de um surdo brasileiro e o poema de um surdo britânico com o objetivo de demonstrar o pertencimento de pessoas surdas às comunidades surdas e comunidades nacionais. O poema de Nelson Pimenta, Bandeira Brasileira, produzido na Língua de Sinais Brasileira (LSB) é analisado e comparado com o poema Three Queens/Três Rainhas, de Paul Scott na Língua de Sinais Britânica (British Sign Language BSL).